Duas coisas que parecem futuristas: Bitcoin e eficiência energética. Duas coisas que são diametralmente opostas: Bitcoin e eficiência energética. A mineração de bitcoin pode não parecer um processo intensivo em recursos, mas na verdade requer quantidades quase inacreditavelmente grandes quantidades de energia. A fim de acompanhar a chocante pegada energética da mineração Bitcoin, o Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge criou uma ferramenta online que mede esse consumo da melhor forma possível e o compara com o consumo de energia de outras entidades para colocar as quantidades chocantes em perspectiva.
Graças à escalada do preço do Bitcoin, esta semana o consumo de energia da moeda criptográfica superou o do Paquistão, uma nação de mais de 200 milhões de pessoas.
Este pico na mineração Bitcoin é graças a uma explosão nos preços da Bitcoin. O valor da moeda criptográfica saltou 276% só este ano, negociando acima de $30.000 na terça-feira com um valor total de mercado superior a $500 bilhões. Como a MarketWatch aponta, isto poderia tornar a Bitcoin não apenas mais intensiva em energia, mas menos eficiente em energia, já que o pico de preços „tornou mais rentável o uso de equipamentos menos eficientes“.
Não são apenas a pegada energética e o valor de mercado da Bitcoin que são gigantescos – sua pegada de carbono também é preocupantemente grande.
No ano passado, no entanto, os defensores da Bitcoin se reuniram em torno de um novo estudo com produtos de investimento em moedas criptográficas e a empresa de pesquisa CoinShares que descobriu que quase 75% das Bitcoins foram extraídas usando energia limpa. Infelizmente, esse relatório passou por um grande escrutínio por parte de outros pesquisadores, que descobriram que essa estimativa é muito exagerada. Afinal, dois terços de toda a mineração de Bitcoin no mundo ocorre na China, onde mais da metade da energia da nação é alimentada a carvão.
Nos últimos meses, no entanto, esta dependência do carvão tornou-se uma questão importante para as operações de mineração Bitcoin Trader na China. Como a China tem experimentado uma escassez de energia nos últimos meses, em grande parte graças à decisão de Pequim de colocar na lista negra as importações de carvão australiano, a mineração doméstica de carvão Bitcoin tem sido sitiada. Enquanto a China ainda é de longe o maior comerciante mundial de Bitcoin, a escassez de energia e o aumento da produção de outros países estão fechando rapidamente esse limite.
A partir de agora, dois terços da produção de bitcoin ocorrem na China, seguida pelos Estados Unidos, que representam apenas 7% de toda a produção de bitcoin.
Os Estados Unidos são seguidos de perto pela Rússia e o Cazaquistão. Mas esse ranking poderá mudar em breve, à medida que a Rússia fizer uma jogada de poder para aumentar suas operações de mineração em um empreendimento liderado pela Gazpromneft, a subsidiária petro-industrial da gigante estatal de gás natural da Rússia Gazprom, a 10ª maior produtora de petróleo do mundo.
A Gazpromneft iniciou recentemente uma operação de mineração de moeda criptográfica baseada em um de seus locais de perfuração de petróleo na Sibéria, „liberando o poder dos recursos de petróleo e gás da Rússia para as necessidades da mineração de bitcoin“, informou o Yahoo! Finance esta semana. Em notícias ligeiramente melhores para a pegada de carbono da Bitcoin, a nova operação de mineração da Rússia será alimentada pelo gás natural do campo de petróleo, localizado na região de Khanty-Mansiysk no noroeste da Sibéria, que tem sua própria usina de energia para converter o gás em eletricidade para a produção de Bitcoin. E há outro revestimento de prata (e verde) para este modelo:
„O CO2 que é liberado durante a perfuração de petróleo é normalmente um passivo para as empresas petrolíferas, pois elas têm que queimá-lo na atmosfera, o que resulta em multas. Entretanto, há maneiras de utilizá-lo em vez de desperdiçá-lo, e a geração de eletricidade é uma delas“, relata o Yahoo! Finance.
A localização da nova fazenda russa Bitcoin também significa que os custos da operação serão relativamente baixos. Em vez de pagar um prêmio para utilizar a energia da rede, a localização da mineração de moedas criptográficas em um campo de petróleo significa que um fornecimento constante de gás natural é praticamente gratuito.
Tudo isto para dizer que é melhor que a China e os EUA se preparem para alguma concorrência acirrada.